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Poeta do vinho
Poesia e vinho
Textos
Estacas
Consome doce amor o que é teu,
Como um vampiro que suga a vitalidade,
Que sedento por sangue se descontrola.
Se atenta amor ao que é teu!

Não se desespere em vão,
Com a fúria que escorre no canto da boca,
Se pulsa o pulso por tua existência,
Por que te entristeces tanto?

Tens medo da certeza do fim,
Que assassina teus desígnios?
Agarra-te ao que é teu, e esqueça!
Ao menos uma vez, da noite inexistente.

Tuas lagrimas de cristal
Se rompem no chão rígido.
E teus soluços se perdem no passado,
A sede consome, e o amor é absinto!

Cala-te esta noite, ouça o coração.
Prenda nas mãos a taça de vinho,
Envenenado por verdades únicas,
Que traz a boca o sabor pútrido.

Acenda teu cigarro maldito,
Cuspa a fumaça que conforta o peito.
Apague-o na pele a ponta flamejante.
Sinta queimar. Vês que ainda é mortal?

O buquê de rosas vermelhas,
Que traz o misticismo do amor singelo.
Apodrece pétala por pétala em tuas mãos.
Morre a primavera, diante do olhos frios.

Amar-te é aceitar as incertezas,
Eu cavo a cova, enterro o coração.
Me consumirá até a última gota.
Pois só amas o que te domina.

E quando teu vampiro,
Se resumir a meras cinzas sujas,
Que desaparecem a mercê do vento.
Caindo nos abismos do esquecimento.

Tenha a crença real e sincera,
Que tuas mãos de crueldade,
Que cravaram no próprio peito,
As estacas de tua morte.



Poeta do vinho
Enviado por Poeta do vinho em 18/07/2024
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